terça-feira, 5 de outubro de 2010
Verdejar
Ah! Todo mundo precisa de um pouco de paz.
Às vezes, estar vivo pesa demais.
Alguns momentos, ao menos,
Em que se alivie, um pouco, o peso.
Em que se esqueça, temporariamente,
O turbilhão incontrolável da mente.
Alguns instantes sem qualquer autocobrança,
Nem desagradável lembrança.
Nada de podridão política,
Nenhuma palavra da crítica...
Longe do território pantanoso das carências
E das insanas urgências!
Uma folga forçada às consequências.
Uma expansão voluntária da consciência,
Para se encontrar novas saídas,
Novas trilhas para a subida.
Um novo ângulo,
Que até então, se escondia sob os panos...
Um respirar desobstruído,
Confiante no que já foi construído,
Nas sementes já lançadas,
Na terra devidamente arada.
Um momento depois da oração,
Onde todo som soe com canção.
Um mergulho na esperança,
Com a certeza da proximidade da bonança.
Uma comunhão verdadeira com o universo,
Para enxergar os mais adequados acessos.
Lá no alto da própria colina,
Absorver a magia que contamina!
Observar a existência
Sem qualquer resistência,
Ou julgamento.
Ser só sentimento
Dilatado!
Dilatando...
Transbordando poesia,
Sob os ditames da imaculada alquimia!
Estender-se mentalmente...
Desdobrar-se etereamente!
A mais sutil sintonia.
Angelical companhia.
Permitir-se à amplidão,
Com seu perfume,
Seu lume!
Contínua libertação!
Do vôo, o planar.
Da vida, o amar!
Celebrar!
Essa é uma homenagem ao amor
De Marilene e Louis Plessier!
Vídeo indicado:
http://www.youtube.com/watch?v=MOqnbk3-vi0&feature=related
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