sábado, 21 de março de 2015

Concreto

g1.globo.com




Tenho a impressão de que o contato com o concreto

É o responsável por todo esse deserto.

A vida absurda das grandes cidades,

Com suas inacreditáveis barbaridades.

 

Explica-se, em parte, pela ausência da natureza,

Única fonte aceitável de certezas;

A existência estreitada pelo ambiente material.

A estranhas ilusões, reduzida,

Avessas à subida,

Bloquearam a percepção sensorial,

Sem a qual,

Escorregamos na escala vibracional,

Causando-nos um estrago sem igual.

 

Tornamo-nos frios e violentos,

Invejosos,

Inescrupulosos,

Agourentos...

Destruímos ao invés de agradecermos,

Competimos ao invés de intercedermos.

Pudera!

Afastamo-nos de nossa essência,

De nossa primavera,

Em nome de uma equivocada ascendência.

Espalhamos dor,

Pavor,

E, afirmamos,

Justificamos

Como sendo a única forma de crescimento.

Endeusamos, glorificamos, assim, o sofrimento.

 

Todo esse quadro

Pode ser mudado

Se ouvirmos as serras:

Os grandes arquivos da Terra!

Se nos deixarmos inspirar

Pelo marulhar

Se recuperarmos, com as florestas, o respeito

Pelo nosso leito.

                                                                                                                   .


"Não! Não te quero mais"
https://www.youtube.com/watch?v=lbI6_R1Tk_I








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