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Apvoro-me quando vejo a juventude aceitando tudo,
Sem pensar,
Sem ponderar,
Sem, minuciosamente examinar,
Sem, preciosamene raciocinar....
Engolem tudo, como se fosse definitivo,
Porque alguém assim vestiu aquele argumento.
Como se o Universo não estivesse em movimento.
À opinião alheia, reduzem seu destino,
Ou, às emboloradas escrituras,
Que há muito deixaram de espelhar a altura.
É um dado que atrasa a evolução:
Apegar-se a um argumento desbotado,
Ultrapassado.
...Uma desafinada canção!
Então, quando mais tarde, um dia,
Der de cada com a verdade.
Sentir-se-á mal por ter sido tão ingênuo em acreditar,
Em algo tão falho, tão inverossímil,
Tão oposto ao incrível!
A descoberta de ter se guiado a vida
Por um amontoado de conveniente mentiras,
É uma sensação por mais desagradável,
Contra a qual vale a pena chacoalhar,
Para acordar
Para o verdadeiramente louvável!
"Himalaia"
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Trabalho nº 3.732
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