quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Libido




Seu corpo, quando o vejo,
Discretamente, estremeço...
Involuntariamente enrijeço,
Altero o ensejo.
De longe, cortejo
E me esqueço.

Por sorte, você não percebe
O poder que exerce sobre mim.
Melhor assim!
O que em mim acontece
É uma sensual sofreguidão.
Muito mais que uma simples atração...
É um arrebatamento,
Um espacial lançamento!

Acompanho seus movimentos.
Todos eles alteram meus batimentos.
Sua imagem...
É-me uma perigosa miragem,
Cercada de nuvens misteriosas,
De melodias audaciosas.
Queria acariciar suas costas.
Ali repousam algumas respostas.

É-me impossível ignorar.
Em você, sonho desaguar,
Delicadamente,
Vigorosamente!
Você sabe que corre perigo.
Qualquer dia desses libero os instintos
E numa decisiva investida,
Invado impunemente sua vida.

Quero descobrir seu cheiro.
Quero que você me acolha por inteiro.
Já conheço seu passo,
Imploro por seu regaço.
Quero alisar seus cabelos, juro!
Quero ficar mudo...
Apenas constatando seus hormônios em pânico,
Enquanto eu, desbravador, paro o trânsito!

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