domingo, 29 de novembro de 2009

Mais Uma



Ainda havia mais uma lambada,
Mais uma chibatada...

Mais um alarme falso
Ecoou insuportavelmente alto.
Eu acreditei
E me empenhei.
Mais uma vez me desapontei.
Estrondosamente me decepcionei.

Caí de um arranha-céu
Numa poça enorme de fel.
Estatelei-me cinematograficamente
E o pior, conscientemente.
Cheguei a sentir certo alívio,
Imaginando ser o fim de todos os suplícios...

Novamente, a minha história contrariou
Alguns princípios básicos esotéricos.
Provocando-me um desgaste homérico.
O complicado novamente se apresentou,
Desabonando a máxima “querer é poder”.
Conjuguei novamente o verbo perder...

O tal pensamento positivo também falhou.
O sol, simplesmente, não raiou.

Entretanto como sou pós-graduado em sobrevivência
Aqui estou recolhendo os cacos com paciência...
O impacto arrancou da cebola, mais uma camada.
Sinto que minha mente deu uma arrancada...
Uma força nova despontou
E me ancorou.

Apesar de estar longe da conquista,
Não me sinto a deriva.

É verdade que não tenho a menor ideia
Do que me espera,
Do tom da quimera.
Recolhi-me à particular colméia,
Reino absoluto do afeto,
Onde o céu é o teto.

Executei algumas mudanças,
Para aplicar na próxima bonança.

Ela será inesquecível,
Acima do concebível...

É o que me diz o coração.
É o que leio em cada grão,

Do cósmico chão.

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