domingo, 15 de fevereiro de 2015

Danado


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O coração nunca mais voltou ao normal.

Apesar de dilatado,

Vive apertado...

Mas, com um pulso descomunal.

Entendeu que para sobreviver

Precisava crescer.

Estendeu-se, desdobrou-se,

Multiplicou-se,

Acelerou-se.

Das rédeas apoderou-se.

Convocou o apoio da razão

Para sua imprevisível expansão.

 

Acreditou que assim procedendo

Justificaria meus becos.

Digitalizou no firmamento meus apelos.

O improvável está acontecendo.

 Graças à sua consistência,

À prova de qualquer consciência,

O coração segue tocando alto seus tambores,

Espalhando seus ardores,

Sua devoção

Pela percepção.

Sua predileção

Pela afeição.

 

Ele é meu suporte,

Meu norte,

Minha sorte,

O braço de minha morte.
 
 
 
 
"Com o coração aberto ao vento"















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