Apenas dizer que os
valores estão trocados,
Não resolve,
Nem absolve!
É preciso mudar de
atitude,
Voltarmo-nos à altitude,
Com seus adornos
encantados.
Enquanto continuarmos
alimentando o fútil.
O inútil,
O vazio,
O sombrio,
Que a sociedade
capitalista quer nos impingir,
Estaremos nos afastando
do sorrir.
Também, já está provado
Que as mudanças têm que
partir do individual.
Cada um reorganizando os
itens de seu quadrado,
De acordo com o
interesse celestial.
O ego precisa ser
silenciado,
Se quisermos nos ver
novamente apaziguados.
Comecemos por silenciar
os pensamentos,
Os sentimentos
Que nutrimos a todo
momento.
Precisamos nos
disponibilizar ao firmamento,
Para recebermos ou nos
lembrarmos dos detalhes
De nosso verdadeiro
entalhe
E não, essa massa
disforme e desumana,
Glorificada pela vida
mundana,
Onde só se cultua a
ilusão
De um prazer imediato,
Escandalosamente
insensato,
Que ergue um enorme muro
Em nosso coração,
Sabotando o nosso
futuro.
Ao prestigiarmos os
péssimos exemplos,
Os falsos templos,
Pela mídia, fartamente
nos oferecido,
Ao invés de nos
debruçarmos sobre a arte,
Que, em algumas almas,
ainda arde,
Estamos nos sentenciando
ao pior,
Ao menor,
Ao envelhecido,
Aos falsos templos,
Ao, miseravelmente,
menor!
Estou seguro que,
enquanto a poesia
Não ocupar o seu lugar
nessa sinfonia,
Estaremos reduzidos a um
rascunho de nós mesmos,
Completamente
aprisionados a um contexto,
Onde nos destruímos no
final,
De forma brutal!
Enquanto cultivarmos a
ideia de ser caro
Um livro de Poesia, por
quarenta e cinco reais,
Estaremos perdendo as
dádivas essenciais,
As experiências mais
fenomenais,
As sensações
fundamentais,
Geradas por um
posicionamento mais delicado,
Mais, espiritualmente,
engajado,
Deliciosamente enlevado.
"Qual o assunto que mais lhe interessa?"
Um comentário:
Quem acha caro um livro por 45 reais, geralmente gasta mais que isso em coisas absurdamente fúteis.
Bom dia, e bom final de semana!
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