quarta-feira, 14 de julho de 2010

Nuclear




Tenho, em mim, uma usina nuclear de alegria,
Em fase de acabamento.
Estou nos últimos testes de segurança,
Para não me atrapalhar com os passos,
Com os laços,
De sua inimaginável dança.

O abastecimento da usina, fica por conta da ousadia,
A rede foi feita pela rebeldia.
A instalação, em cada peito, está a cargo da harmonia.
A distribuição é feita pela poesia,
Através de versos simples, claros,
Mas, de impacto raro.

Atrasei um pouco a construção,
Devido à abusiva alheia intromissão...
E à indecência
Da minha inocência.
Detectado o problema,
Troquei o sistema.

Exterminei com os parasitas,
Com os mentais terroristas,
Com os vampiros,
Inimigos de todos os suspiros,
Com os mal amados,
Com os inacabados...

Agora, na fase final
Consigo perceber a obra fenomenal
Que ergui em meu interior
E coloquei à disposição do superior,
Da luminosidade
Da eternidade!

Dei-me todo, por inteiro a essa obra,
A essa chama que, por dentro, se desdobra
E, que principia a iluminar,
A me guiar,
Rumo ao meu último palco,
Lá no alto!

De onde distribuirei, finalmente,
Abrangentemente,
Solidariamente,
Irmanamente,
Indiscriminadamente,
Incondicionalmente:

A minha azuldourada alegria!


Esse texto é presente de aniversário para a amiga Arlete Canário

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