sábado, 12 de junho de 2010

Ledo Engano



Nós precisamos adquirir o hábito de averiguar,
Se nossos atos estão de acordo com nossas intenções.
O que vejo, em toda parte, é um dispersar
De energia, através de equivocadas ações,
Que passam léguas, do objetivo.
Perdem o sentido...
Em alguns casos chegam a incomodar,
A magoar,
A invadir...
Tudo, exceto fazer sorrir.

O problema é sempre o mesmo:
Antigo,
Cansativo...
Decidimos agir a partir da nossa verdade,
Do nosso jeito,
De acordo com o que trazemos no peito.
Acreditamos saber o que, para o outro, é bom.
Mas sempre entramos fora do tom...
Abaixo ou acima,
Raramente, acertamos na mira.

Muitas vezes na ânsia de agradar,
Terminamos por exagerar!
Tudo que excede,
Invariavelmente se perde.
Cansei de ver minhas intenções,
Escorregarem para os porões,
Por puro exagero.
Esse é um desconfortável erro.
Afeta ambas as partes.
Deixa na boca um gosto acre.

Creio que a melhor solução,
Para essa embaraçosa situação
É prestar atenção.
Ouvir atentamente o que diz o coração,
De quem queremos ajudar,
Sem julgar...
Não esquecendo, claro, do bom senso
Para adotar um efetivo comportamento.

Um comentário:

Cris Cerqueira disse...

Claudio, teu poetar é lindo! Vim do Recanto... um cheiro.