segunda-feira, 28 de junho de 2010

Manhã de Esperança



Dessa vez a alvorada
Chegou vestida de gala!
Um céu magenta,
Listrado de tiras de nuvens brancas,
Portadoras de íntimas lembranças...
O insólito é que sustenta!
Uma lua cheia obscena
Do tipo que rouba à mente,
Impunemente,
A qualidade de serena...

Do outro lado,
Algo que me deixou, ainda mais, admirado:
Uma faixa no horizonte! Um laranja incandescente!
Nada prudente!
Em uma fúria contida,
Espalhava-se pela subida vagarosamente,
Mas, definitivamente!
Tomando de assalto a vida.
Soberano!
Assume o seu lugar: o primeiro plano.

Abraça a tudo com suas labaredas.
Põe à prova todas as certezas...
Qual a origem das tintas matinais?
De onde partem esses tons excepcionais?
Faltam-me adjetivos para classificar
Exatamente,
Justamente,
O surreal que se espelhou no ar!
As sensações absurdas,
As conclusões mudas!

A impressão nítida,
De uma percepção ínfima,
De algo estupendamente grandioso!
Grandiloquentemente luminoso!
Há sim, uma ordem, por trás da anarquia!
Dá pra apostar no andamento da sinfonia.
A força que criou essa obra,
Tem criatividade de sobra,
Para não deixar
A história de uma humanidade desandar.



Ofereço a beleza dessa manhã ao meu sobrinho aniversariante
Carlos Henrique Luhmann!
Indicado pela academia ao prêmio de “O Avô do Ano”!

Um comentário:

Toninho disse...

Que bela homenagem ao aniversariante.A mais exuberante descriçao de uma manha,como se estivessemos lá em Gênesis.Coisa de quem entende esta força cosmica que nos rege.Um terno abraço de luz aos dois.