sexta-feira, 25 de junho de 2010

Mais Profundo




Mais um momento de agradecimento:
Por estar conseguindo passar por esse tormento.
Ainda que com a pressão um tanto alterada,
A cabeça um pouco atrapalhada...

Por trás de tudo existe o apoio dos amigos,
Da minha trilogia sagrada: serra, mata, mar,
E seus respectivos representantes visíveis e invisíveis.
Com o suporte de várias linhagens,
Que compõem a minha paisagem,
Tenho mantido, à minha frente, o sentido!
O que me permite respirar,
Nesses instantes tão inexprimíveis.

Experiência única essa de ter claramente,
Transparentemente,
A companhia da morte, assistindo a tudo,
Pontuando cada segundo...
Sinto seu vulto apontando-me a direção,
Através das pontadas no coração.
Ela não quer me levar.
Insiste que eu devo me superar.

É só o que venho fazendo nos últimos anos,
Exemplos trágicos de desenganos...
Quando me parece que as forças se exauriram,
Que todas as pontes ruíram,
Aparece um arco-íris na porta de casa,
Convidando-me a abrir as asas
E ir colher versos,
Na essência do universo.

Talvez, isso
Só isso,
Já faça valer à pena o constrangimento
Desse desequilibrado momento.
Já me faça querer insistir
Em prosseguir
Rumo ao alto
Do meu último palco.

Sei que o cenário já está preparado,
O teatro todo iluminado,
Esperando o momento da minha chegada,
Prenunciada pela passarada...
Por manhãs antigas...
Por suaves cantigas!
Pelas águas encantadas,
Da minha montanha sagrada.

Diante de toda essa riqueza de vivência,
Com que tem sido contemplada minha consciência.
Agradeço, aqui, a todos,
A tudo,
Que sustenta o meu mundo.
Que me sustenta no mundo...
O meu muitíssimo obrigado!
Sinto-me escandalosamente privilegiado.

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