terça-feira, 5 de abril de 2011

Sinas de Ouro




Caminho com minhas sinas,
As que não escolhi...
Mas, não me tolhi!
Converti-as em rimas...

Sigo suportando seu peso,
Em meu texto.
Nunca tive outra opção,
Nem o poder de decisão.

Vieram junto,
Quando cheguei ao mundo.
Obras do destino?
Ensurdecem-me seus hinos.

Perfuraram-me a vida inteira,
Desde a mais tenra brincadeira...
Marcas de gado,
Que me causaram enormes estragos.

Custei a, com elas, conviver bem.
Sempre culpava alguém...
Entretanto, estava em mim o problema.
Tive que adaptar todo o sistema.

Praticamente, criar um novo,
Que mais tivesse a ver com o rosto.
Com o que trago nos bolsos,
Com o corpo!

Com os devaneios,
Os etéreos esteios...
A imensa boa vontade,
Totalmente voltada para a felicidade,

Como um todo!
Para o povo,
Para o todo...
Principalmente, para com o novo!

De partida, identifiquei
As falhas no esquema que embarquei.
Sabia que não serviria pra mim.
Por isso, fui atrás do meu sim!

Atravessei o planeta,
Sem qualquer certeza,
Que iria encontrar
O que estava a me latejar...

Encontrei nos jardins da maturidade,
A dose certa,
O início da reta,
Para a manifestação,
Para a pacificação
De minha identidade.

Sem, aos outros, fazer pouco,
Nem entregar o ouro!




Vídeo sugerido:
Maravilhoso
O Estrangeiro 
Caetano
http://www.youtube.com/watch?v=uurtwNPyBt0

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