quinta-feira, 14 de abril de 2011

Sulcos




Preciso beber um pouco mais da taça da atenção.
Ainda estou sendo surpreendido,
Literalmente incompreendido,
Por não seguir a intuição...
Por fazer apostas erradas,
Por escrever defesas... equivocadas.

Tenho tendência a confiar,
Na palavra acreditar...
Gosto de ouvir pessoais depoimentos,
Sem peneirar os argumentos.
Custei a perceber que temos tendência
A enfeitar, a aumentar, a diminuir,
A ocultar, a interpretar, a subtrair,
Importantes dados,
Em favor de um positivo resultado.

Queremos aprovação.
Buscamos aceitação,
Reconhecimento,
Como se esses fossem os elementos
Responsáveis pelo nosso pavimento.
Isso ocorre em total detrimento
Dos nossos verdadeiros compromissos,
Com aquilo que faz realmente sentido.
Através de uma imagem forjada,
Almejamos a social escalada...

Afastamo-nos da possibilidade de amar,
Para nossa verdadeira face mascarar!

Enganamo-nos,
Amordaçamo-nos.
Ferimos os sulcos,
Desperdiçamos os sucos...
Afastamo-nos da essência,
Empurramos a consciência.
Invertemos todas as setas
Evitamos ao máximo as conversas diretas...
Preferimos nos iludir
A evoluir.

Até que exaustos,
Feito inocentes incautos
Desbotados,
Acabrunhados,
Interiormente destroçados,
Literalmente acabados,
Lá longe, no final da estrada,
Resolvemos assumir a avalanche cavada.
Começamos a correr atrás do prejuízo.
Buscamos avidamente algo que nos faça sentido.

É nesse momento, que deixamos de representar
E começamos a acordar...
Banhados em espanto,
Por tanto desencanto,
Mergulhamo-nos em humildade.
Despertamos para a caridade...
Resolvemos consertar o mundo!
Requisitamos força no mais profundo.
Olhamo-nos, finalmente, no espelho
E, pela primeira vez, ouvimos seu conselho.







Bob está em franca recuperação
Agradecemos toda a energia enviada.
Valeu demais!!!

Música Massa:
http://www.youtube.com/watch?v=VrM-2Z3eKwE

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