Confesso, publicamente, sinceramente,
que estou farto desta cegueira que assola a humanidade. Não suporto tanta falta
de sensibilidade, antes e acima de tudo. Se fôssemos sensíveis não estaríamos
nesta situação ridícula, pendurados no abismo... Seguros, apenas, ainda, pela “Misericórdia
Universal”, que incrédula de nossos atos, insiste em apostar em nossa redenção.
Há dias, como hoje, que me aflijo,
acreditando já termos ido longe demais em nossa estupidez egoísta e
cosmicamente vergonhosa! Esse assunto do infeliciano, a dilma catando o pr de
volta, na maior cara dura, a programação da tv aberta brasileira... Que
desgosto! Que constrangimento, estar vivo neste momento, presenciando esta
porcariada toda.
O avanço inevitável da violência,
causado pela inversão total de valores, em nome de um duvidoso progresso...
Essa enganação toda, em todos os níveis, em todas as direções, culminando com o
absurdo de pobre sacanear pobre!!! Miserável roubar miserável! Irmão “esfaquear”
irmão... E, sempre o mesmo asqueroso pano de fundo: o dinheiro! A insuportável
glamourização do vilão, do “esperto”, do sem escrúpulos, do mentiroso, do
fraudador, do traidor, do frio, do falso, do ralo...
Não fosse o recurso sagrado de
mergulhar em “Arte”,
Já não mais seria.
Nem
mais um dia, suportaria
Esta
vida,
Travestida
em agonia.
Uso
esta indignação
Como
motivação,
Para
combater
O
que tem que desaparecer...
O
que é projeção
Deturpada
da ilusão.
Respiro
fundo.
Deixo
a floresta me conduzir ao profundo.
Sempre
ao som de uma bela canção,
Entro
em depuração,
Preparando
o coração
Para
a inspiração.
A
canalização é nuvem macia,
Onde
a alma, assanhada
Já
ligeiramente enlevada,
Despudoradamente
se delicia.
A
musicalidade da poesia,
O
lirismo vestido em melodia,
Blindam-me
de todo o resto,
Que
desprezo.
Música indicada:
Para adquirir meus livros "Vida Alta" e "Txai"
Direto comigo
cbs263000@hotmail.com
Um comentário:
E que a poesia nos salve do mundo, e de nós mesmos!
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