O dia nasceu vergonhoso.
O céu ficou assombroso.
África, terra do tenebroso.
A areia do Saara deserto...
África branca e do preto.
Quando vai chegar perto? .
Não conheço todos os seus países,
Nem tão pouco, suas raízes…
Quem pode fazer nascer a paz,
Se o povo não sabe o que faz!
África Mãe, como serei capaz?
O que fazer para os humanos viverem na paz! .
Um caminho saiu do deserto,
Direcionou-me num relento,
Com a velocidade do vento,
Cheguei em Angola, no sexto,
Procurando poesias no cerco.
Encontrei o Poeta Claudio...
Numa viagem de imagem.
Encontrei o Poeta no Brasil,
Falei de África na coragem,
Das letras lindas num azul
Que, no papel, era passagem,
Para uma nova paisagem…
Claudio Poeta, é seu o palco.
Atinja o alvo!
De Cláudio, o surrealista,
Para Claudio, o futurista!
É incrível, como vários dados nos unem,
Por sobre todos os outros, que nos punem.
Mesmo primeiro nome, mesmo ofício.
Mesma paixão pela Mãe África,
Sempre tão ávida,
Mas, ainda banhada em desnecessários sacrifícios.
Sabe, Cláudio, é afrodescendente a percussão em meu peito,
O meu jeito
Intenso.
A paixão pelo céu imenso…
Também desejo a paz para todos os continentes,
Incontinente!
Apesar de acreditar
Que, ainda vai demorar,
Um pouco,
Porque o homem está louco.
Corre atrás do que não presta.
Portanto, é sofrimento o que lhe resta.
Mas, querido Poeta,
A Arte, especificamente, a Poesia,
É a dourada seta,
Apontando para um futuro mais justo,
Para todo o mundo.
Sou um branquinho,
Beeeeeeeeeeem pretinho.
Por isso, moro na Bahia,
Onde impera a negra melodia.
Acredito que, em breve, o planeta superará a questão da cor.
Entenderá, finalmente, que o que importa é o Amor!
"Eta cabra da peste, Pelourinho, Olodum, somos do Nordeste"
https://www.youtube.com/watch?v=19phruLRmhc
Trabalho nº 3.180
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