segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Até a Estaca Zero




Quase sempre me é bastante complicado permanecer nessa dimensão
Onde a mentira governa
E a omissão impera.
Onde a solidariedade escafedeu-se
E o propósito primeiro da humanidade perdeu-se.
Onde se busca o sucesso,
Independente do construtivo progresso.
Onde o egoísmo é a chaga,
Que a tudo queima feito lava.
Onde a esmagadora maioria dorme
E o resto consome...
Dados que me causam uma perturbadora exaustão!

Mas, não desisto, não!
Lutarei até a última respiração!

Tenho a mais límpida convicção
De que tudo pode e vai ser melhor,
Assim que o planeta livrar-se do que for menor,
Do mesquinho,
Do cinismo,
De todos os ismos...
Que contaminam e apodrecem todo e qualquer ninho.
Nossa consciência foi enganada,
Iludiu-se,
Diluiu-se!
Fizemos escolhas erradas.
Ferimos deliberadamente a vastidão!

Somos vítimas da nossa própria arrogância,
Da nossa estelar ignorância!

Entretanto, há um propósito muito maior perpassando tudo
Que se manifesta nesse e em todos os mundos.
Algo que de tão poderoso,
Obviamente, é generoso!
Vai nos fazer resgatar de nós mesmos,
Através do reconhecimento dos nossos hediondos erros.
Vamos ter que acordar de qualquer maneira.
Eis aqui a condição primeira!
Nada será possível cosmicamente,
Enquanto permanecermos no materialismo, desgraçadamente...

Fechando a mão
Ao próprio irmão!

Em breve, muito breve, não teremos mais
O que prender em nossas palmas;
Com o que corromper nossas almas.
As posses dissolver-se-ão, como velhos jornais!
Voltaremos à estaca zero.
Não sou eu que quero!
É inevitável, diante do caótico quadro,
Completamente fora dos universais esquadros.
Perderemos os pseudos abrigos,
Até que reencontremos os nossos desígnios...
Muito mais esplendorosos e belos
Do que os atuais castelos!



Para a amiga e excelente poetisa
Angel Mac

Vídeo indicado:


http://www.youtube.com/watch?v=9IEf_Thxe3E

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