quarta-feira, 22 de junho de 2011

Como Balanços

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Há que se livrar de muita tralha,
De tudo que encalha,
Para se chegar à sombra,
Do que realmente assombra
Pela grandeza,
Pela nobreza!
Pela leveza,
Pela pureza!

É aconselhável, que se esteja sozinho,
No escolhido ninho.
A menos que já tenha se entrelaçado,
Com o bem-querer mais que amado!
A menos que esteja naquele estágio,
Do mútuo contato,
Da total interação,
Através da emoção!

Ainda assim, é possível apenas, ficar perto,
Com o peito escancaradamente aberto!
Sem qualquer desejo,
Apenas, apreciando o ernredo.
É preciso entrar em uma espécie de hiato...
Um branco buraco!
Onde inexiste a possibilidade de perigo.
Onde tudo passa a fazer sentido!

Onde estar vivo,
É o único abrigo!
Onde o excepcional
É natural!
Consequência da própria semeadura.
Privilégio da altura!
Alva estrutura,
Onde se flutua!

Longe de todas as tolas convenções,
De todos os apagões,
Nos braços dos clarões
E das mais altas vibrações!
Colo da confiança!
O perfeito equilíbrio da balança...
Domínio absoluto da suavidade,
Onde floresce, sem dificuldade,

A essência
De toda a pertinência!
Estado da criatividade,
Governado pela percepção.
Ali, a espiritualidade
Segue irmanada,
De mãos dadas,
Com a sensibilidade!

Então, vem chegando,
Devagar encostando,
Uma melodia
Clara como o dia!
Vão aparecendo,
Do céu, descendo,
Dourados anjos,
Entoando seus encantados cantos!

Soam como balanços.
Aquecem como mantos!







Para minha amiga
Artista Plástica - Elvira






Vídeo lindo:
http://www.youtube.com/watch?v=DyPmDDN8m78



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