Como está mais ou menos controlada,
A insegurança,
Que tanto me sacaneou a balança,
Passei a reparar na insegurança alheia.
Especialmente, a masculina,
Que faz estragos na surdina.
Emaranhada teia!
Visivelmente mal desenhada.
Tecida em conceitos equivocados,
Impraticáveis.
Ultrapassados.
Do homem, nunca se exigiu tanto.
A coisa vai muito além do tradicional
Boicote ao pranto.
Ele não sabe mais se é lobo ou ovelha.
Muito embora sinta ambos.
Sendo que um tem sempre que estar escondido
Sob moralistas e convencionais panos.
Tenta a todo custo esconder
Que são de vidro, suas telhas.
Os dados que lhe chegam são tão confusos,
Que não consegue amadurecer o menino.
A todo momento é contestado,
É testado o domínio em seu mundo.
Não sabe o que faz com seus músculos...
Tem um criminoso acúmulo
De "assuntos internos" mal resolvidos...
Tende a fugir de todo reflexo,
Que reflita qualquer de seus plexos.
Teme a si e ao mundo.
Não confia em si, nem no mundo.
Representa o tempo todo
Feito um bobo.
É triste.
Mantém, o tempo todo, para si, o dedo em riste.
Não pode escapar da personagem.
Nem de sua cenográfica paisagem...
É forte! É marrento! É macho!
Já que tem um pavor incrível
De ser sensível.
Não suporta esculacho!
Foge do amor
Como um dia fugiremos da lembrança
Deste circo de horror.
... É uma crescida e acuada,
Mal orientada,
Criança.
Vídeo lindo:
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