quinta-feira, 22 de agosto de 2013

Prefácio de Ana Stoppa - para "Lucido" de Claudio Poeta



Ao receber o  convite para
prefaciar esta obra senti-me extremamente honrada. 

Isto porque Claudio Poeta escreve como poucos.

Conheci seus textos no Recanto das Letras, e nas redes
sociais.

No primeiro contato com os  poemas 
pude sentir a fé, a alegria e a esperança passear de mãos
dadas nos textos muito bons de se ler.

Ao término de cada leitura as
mensagens do poeta em prosa ou verso  emanando  o
gosto pela vida, o alto astral e a sabedoria pedem releitura,
fazem  bem para a alma, iluminam o caminhar.

Do talento, da generosidade e da visão
  humanística do poeta nasce a obra “Lúcido” inspirada
em Darci Lourenço Góes.

A entrega total do autor  se descortina
na medida em que se faz a leitura de " Lúcido " .

Na escrita bem elaborada Claudio resgata
  os medos até despachá-los à seara da inutilidade, 
abre mão dos receios, mostra que veio para definitivamente
ficar no cenário literário brasileiro e quiçá por
outras paragens.

A mutação constante rumo a perfeição,
a conexão com os movimentos, as cores, os sentimentos, a
natureza e  o místico permeiam  a obra de imperdível leitura.

Ao escrever sobre a  beleza da chuva e da
transformação de sua visão após  mais de 30 anos
vividos em meio ao agito e o cinza do concreto da cidade
grande onde nasceu, o poeta olha para dentro de si,
quando descobre a beleza em tudo o que adorna
o universo.

A sensibilidade ganha asas, condensa
  as ideias, nascem os versos, as crônicas e  as
mensagens tão necessárias para que o leitor
abrace “ Lúcido” como quem abraça o mais terno
dos presentes.

Todos os elementos estão se amando, cita ao final da
crônica escrita  aos 09 de janeiro de 2013.

O ar, as chuvas, o verde,  o mar, as montanhas,
as estrelas, o cosmos, a energia que  confere movimento,
aromas, cores, alegria e paz  diante dos olhos 
sentimentos compartilhados pelo poeta,   reservado
para aqueles  que se dispõem a  olhar para os céus, para o cenário maravilhoso
emprestado  pelo Criador para   trilhar o  breve existir
pautando os dias no valor das coisas simples, 
na alegria e na harmonia universal.


E neste amor universal
compreendemos na leitura  a importância da  obra
de Claudio.

Em Captada por todos,  a sensibilidade do poeta tece com a
inspiração tão preciosa como fios de ouro   versos para
o mar, como não amar?

No prazeroso contato com a obra, na crônica de 17 de
janeiro escrita para comemorar os 26 meses de
vivência na sagrada Bahia, Itacaré, surge  tal
qual Fênix na mitologia grega,  o renascer para a vida,
a plenitude da  libertação, o pacto com a paz, a alegria e
o bem viver, o descarte das inutilidades materiais que
pesam sobre os ombros da humanidade.

“Chega um ponto em que a dor é tanta que passa
a não doer”,13 de fevereiro, nesta crônica o poeta 
nos revela outro viés na escrita quando fala dos
animais de estimação, da solidariedade diante do
sofrimento de Bob ,da  morte de  Estrela, do
apego e das dores diante da perda,  para no
epílogo conduzi-los a  condição de anjos.



O resgate dos valores humanos, a liberdade do Homem,
a chamada em altos brados para que cada semelhante
desperte,  viva, seja feliz e torne-se ator da própria
existência faz da página escritas aos 05 de março
releitura obrigatória.

O mundo carece de pessoas como  Claudio, 
que através da escrita esbanja solidariedade, amor
ao próximo e o chamamento urgente para que todos
possam viver em paz à partir da valorização da vida
em si, da simplicidade e  do livre arbítrio.

“ Sou sustentado pelo encantado. Alimento a alma
com sabedoria e a imensa ternura que encontro na
natureza”, Claudio Poeta,  09 de março  de 2013.
Esta é a síntese da grandiosidade de “Lúcido”.

Encantada com a leitura, tocada pelas
mensagens, feliz pela oportunidade, convido os
leitores para incursionar em “Lúcido”, uma das viagens
mais inesquecíveis que se pode permitir à sensibilidade,
ao amor, à paz e à sabedoria -  sentimentos essenciais 
para se trilhar com alegria a trajetória determinada 
pelo Criador.


Ana Stoppa


2 comentários:

Anônimo disse...

Um prefácio à altura de ambos os poetas!Parabéns,Ana Stoppa pela bela visão que tem e nos passa àcerca do poeta!Parabéns,Cláudio poeta,por merecer tão belos comentários tecidos neste maravilhoso texto !

Anônimo disse...

Não assinei...rs
mariamar :)