sexta-feira, 12 de março de 2010

Bandeja de Brigadeiros


Em nenhum momento houve arrependimento,

Das escolhas feitas pela minha honestidade.

Nenhum abatimento,

Por esse traço tão forte da personalidade.




A minha guerra contra a mentira é de público domínio.

Sonho com seu total extermínio.

Faço longos discursos a favor da sinceridade,

Do favorecimento à autenticidade.




Venho colecionando frutos saborosos,

Pelos meus atos verdadeiros e corajosos.

Venho sendo, gratificantemente surpreendido...

Mãos inesperadas têm me compreendido.




Tenho a honra de despertar confiança,

Nesses tempos de desesperança;

Onde irmão passa por cima,

Trai,

Contrai...

Engana,

Trama,

Aniquila

O irmão...




Nesses momentos de aflição,

De global desilusão,

Onde os valores

Embriagaram-se de estranhos licores,

Apodrecidos pelo capitalismo,

- Leia-se canibalismo! –

Ter reconhecido os ditames do coração,

É uma glória,

Para se colocar em destaque na memória.


Ter conseguido crédito ético,

Em meio a esse desmoronamento estético,

É mais que sensacional...

É um prêmio,

Que coroa todo o meu empenho,

Em ser verdadeiro.


...Uma bandeja lotada de brigadeiros...

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