Em Tempo

Nunca pensei que escreveria,
O que vem a seguir.
Entretanto, até mesmo a rebeldia,
Obriga-me a admitir,
A importância,
A relevância,
Que meus pais adotivos,
Tiveram na formatação do meu destino.

Ela, uma das melhores representantes,
Até o fim, atuante,
Do leste europeu, em seu rigor!
Dona de um absurdo vigor,
E ,da “Verdade Universal”...
Sua palavra era sempre, a final!
Obrigou-me a uma disciplina,
Que, hoje, está impressa em rimas.

Passou-me valores perfeitos,
Com aquele seu jeito...
Obviamente não conseguiu exercitá-los,
Mas, conseguiu em mim, plantá-los.
Tal como as flores das pedras
E a invencibilidade das serras,
Eles vingaram!
Em meu ofício brotaram.

Portanto, tenho que à Helena agradecer,
Por ter me proporcionado,
Ter me obrigado
A me conhecer,
A crescer...
A começar a perceber,
Que eu tinha que encontrar a minha verdade,
Caso quisesse ter alguma tranquilidade.

Ele, controverso!
Geminianamente perverso!
Também “Senhor da Verdade do Mundo...
... Egoísmo profundo!
Seu sonho era ser um senhor feudal.
Tinha um desprezo medonho pela receita federal...
Abel era o seu próprio poder Judiciário, Executivo
E legislativo.

Fez o que quis, sem medir consequências,
Nunca se inteirou do conceito de consciência.
Vem dele, meu asco pelas instituições,
Por outros motivos, por outras considerações...
Ele estava certo,
Em redefinir o seu caminho, para lhe ser reto.
Foi fiel a si mesmo, única e exclusivamente.
A mim, sempre tratou diferentemente.

Sei que ambos, em mim, sempre apostaram.
Sempre acreditaram.
Não trilhei o caminho que eles me escolheram,
O que eles nunca entenderam.
Porém, nesse momento,
Vivenciando um encantamento,
Chego a um resultado,
Bem próximo, daquele, por eles esperado.

Acabei me tornando quase o homem que eles imaginaram,
Para o qual me criaram.


Curvo-me em agradecimento,
Por terem proporcionado o meu amadurecimento!



Vídeos indicados:

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