terça-feira, 6 de outubro de 2009

Em Obras




Aos poucos, na medida do possível,
Colocarei tudo em ordem em minha vida.
Ainda tenho uma disposição incrível,
Coisa de quem já se acostumou com a subida.

Ainda que as contrariedades não cessem,
Ainda que mais alguns portos se fechem:
Eu vou continuar,
Meu sonho não vai parar.

Está cada vez mais fortalecido.
Estou cada vez mais em paz com meu umbigo.

Passei em todos os testes de sobrevivência.
Nunca mais fugi da consciência.

Dominei os medos.
Só sei acordar cedo.

Aprendi a não rastejar,
A não implorar.

Meus poros exalam carinho.
Só há afeição em meu ninho.

As últimas feridas já estão cicatrizando.
O peito, novamente, está ronronando.

Não assimilo mais as críticas
De quem não sabe o que tenho em mente.
Vou pagar as poucas dívidas.
Sinto-me mais solvente...

Estou começando a cuidar do corpo,
Suavizando a expressão do rosto.

Estou cortando o mato do quintal.
Quero embelezar a casa,
Ela é excepcional.
Abrirei ao máximo, as asas.

Tenho controle absoluto sobre os meus desejos.
Contra a ansiedade impetrei mandado de despejo.

O fato de eu ainda estar vivo,
Aprimora-me os sentidos.

Estou mergulhado em um tonel de tolerância.
Descobri que a falta de amor próprio é uma discrepância!

Só em sossego,
É-me possível desenvolver o enredo

Que eu escolhi,

Como eu o entendi...

Com sincera humildade

E muita, muita simplicidade!

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