quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Novamente!




Enganei-me novamente...
Achava que fluía em água corrente,
Mas não! Havia a pedra da alheia insensibilidade,
Com a sua já conhecida agressividade,
A me impedir a passagem,
Atrasando drasticamente a viagem.
Já estou quase acostumado,
A viver incomodado...

Atravessado!

É que, por um brevíssimo momento,
Pensei que vivia sem tormento.
Que ousadia!
Pura utopia!
Afinal, quem sou eu para viver tranquilo...
Apenas sob os auspícios,
Dos escolhidos
Signos!

Tem sempre que haver um fato,
Um dardo,
Vindo, sabe-se lá de onde,
Para minar a alegria, bem na fonte;
Para entornar toda a água de coco;
Para me deixar rouco,
Numa tortura contínua e inexplicável,
Impedindo-me de permanecer estável.

Confesso que estou cansado
De viver acuado,
Com as asas fechadas,
Como se minha vida fosse uma errata...
Começo, seriamente, a ponderar,
Se já não está na hora de me mudar
E ir tentar a vida em outro lugar,
Onde se conjugue melhor o verbo respeitar.

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