domingo, 17 de julho de 2011

Chovendo




A chuva canta baixinho, a sua canção,
Como quem não quer chamar muita atenção,
Mas não desiste,
Persiste.

Tem muito que aguar,
Que percorrer,
Escorrer...
Limpar!

Peço-lhe, que leve toda a frustração,
De quem não conseguiu estender a mão...
Não conseguiu se entregar,
Muito menos gostar!

Depure todas as intenções,
As aflições,
As contrações,
As ações!

Lave bem os pensamentos,
Para que não comprometam o comportamento,
Que precisa refletir
A grandiosidade de existir!

Leve para longe,
Tudo que não for originário da fonte,
Tudo que não for positivo,
Ou construtivo.

Tudo que não se encaixar no processo evolutivo,
Há tanto tempo perseguido!
Com suas estradas douradas,
Cheias de curvas encantadas...

Alivie o sofrimento de toda a gente,
Que nem sabe por que mente...
Não consegue identificar o que sente...
Desconhece o que está por entre...

Estanque as exacerbadas ambições,
Polinize as melhores sensações!
Semeie o perdão,
Enxágue essa ilusão

Já tão batida,
Tão repetitiva...
Tão sem graça,
Que parece pirraça!

Faça ecoar a melodia do renascimento,
Com todo o seu contentamento,
Com todo o seu fulgor
De renovado ardor!



Vídeo indicado:
Bethânia
“Viramundo”

- Ainda viro esse mundo em festa, trabalho e pão! - Gilberto Gil

http://www.youtube.com/watch?v=EJ6Ff3NYcac&feature=related


Oceano

Um comentário:

MARCUS MURYEL disse...

...porque "é preciso a chuvar para florir"... ótima semana p/ nós poeta amigo, abção... Muryel & Sheila