sábado, 30 de julho de 2011

Deixa Quieto



Já não me importa mais
Conhecer o interior dos castelos medievais...

Adaptei-me tanto à minha concepção de mundo,
Entranharam-me tão a fundo
Suas características,
Todas bastante específicas,
Que perdi, um pouco, a curiosidade
Sobre a eternidade!

Ando na ponta do pé em estreito fio,
Deliciando-me com a paisagem,
Com essa enfeitiçada aragem,
Que exala, despudoradamente, da existência,
Desafiando as consequências...
Excedendo-se em abrangência,
Instigando à transcendência!
Talvez, viver seja perceber esse brilho!

Essa luminescência,
Que desafia a transparência...
Esse nexo,
Cheio de plexos!
A mansidão dessa maré,
Que, por incrível que pareça, dá pé!
Toda essa afetividade
Esperando por oportunidade...

É isso! Essa urgência,
Por trás da latência!
Esse apelo mudo,
Esse apego mútuo!
O entrelaçamento perfeito das fibras,
A fusão das idas!
Toda essa permissividade
Com relação à criatividade!

É tanto o que me prende,
Que a alma se desprende
E voa tranquila,
Em meio aos canteiros da ilha...
Sobre os inofensivos penhascos,
Criando seus próprios traços.
...Esticados os braços...
Alados os passos!








Presente de Aniversário
Para meu amigo e
Intenso escritor
“Ansilgus”






Vídeo indicado:
Amelinha
"Coito das Araras"
http://www.youtube.com/watch?v=__r9yQU1R9o

4 comentários:

M A R I N A disse...

Belíssima homenagem ao Ansilgus. Ler sua poesia é mergulhar na sensibilidade, no amor, na amizade, nos grandes valores da vida. Parabéns mais uma vez. À propósito, meus filhos (todos ausentes daqui) usam muito exta expressão "Deixa quieto" (rs). Oh saudades !

Joaquim Gomes disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Joaquim Gomes disse...

Linda e merecida Homenagem ao Ansilgus!... Parabéns Claudio!... Um grande abraços = Joaquim Gomes

LUCONI MARCIA MARIA disse...

Claudio querido um poema contendo uma forma de ver a vida com o coração aberto pronto para receber sempre mais um, belíssima homenagem a este poeta que não conheço mas pretendo reparar esta falha, beijos Luconi