Minha vida toda procurei pela espiritualidade. Minha mãe de criação era muito religiosa. Do tipo que leva à sério mesmo. Pensava eu, naquela inocente época. Mas, com certeza a postura dela me influenciou. Até porque era uma mulher extremamente forte. Do tipo "Ditadora do Leste Europeu". E, ela me levava em suas jornadas espirituais.
Um dos lugares a que ela me levou, além da igreja, é o que mais se parece com o que acredito, prego e pratico hoje. Era um Centro de Irradiação Mental - chamado Rogério Villares. Lembro-me até hoje que eu gostava muito. Ficávamos sentados em um templo que tocava músicas apropriadas, baixinho, pouca luz e alguém ia conduzindo a mentalização coletiva. Tudo muito simples, claro e bastante lógico. Irradiávamos Amor, Paz, Saúde pra o planeta todo. O lance da mente influir no ambiente. O poder de mentes juntas. É o que acredito hoje, depois de ter passado por umas 6 ou 7 religiões. Em todas, aprendi algo e, todas me decepcionaram.
Em um momento crítico de minha vida, onde já estava entregando os pontos, tamanha as tragédias que desabaram sobre mim, fui levado a uma clínica em Jundiaí chamada Andrômeda. Fonte de tudo que escrevo hoje. E o princípio ativo de tudo ali era exatamente - A Mente - Seus mistérios! Suas conexões! Suas possibilidades!
Estou falando isso tudo pra dizer (talvez, mais uma vez, pra mim mesmo) que tudo está conectado entre o bumerangue de ação e reação - de volta de tudo que se irradiou. Tudo isso adicionado às necessidades do processo evolutivo, tanto individual como planetário. O principal é que em todo movimento, ainda que violento, fui levado a patamares mais altos. As paisagens sensoriais foram ficando cada vez mais bonitas e claras. Nada, nenhuma das tragédias, que continuaram acontecendo, me levou espiritualmente pra baixo. Na mesma proporção em que fui afundando nas escalas econômico/sociais...
Quero destacar um ponto, que pode até causar certa polêmica. Mas, vamos lá: como é pequeno o nosso livre arbítrio. Pelo menos pra quem tem um mínimo de consciência de si mesmo. Sim, estou falando de mim. Sinto-me sempre conduzido. De forma bem indiscreta. Destrinchando: nunca acontece o que desejo. Refiro-me às grandes decisões. Exemplo - foi evidente e eu registrei tudo em meu blog Vida Alta - que eu fui conduzido até Itacaré. Tudo conspirou, ou melhor, todo o resto se fechou, agora sim, discretamente, até que só ficou Itacaré em minha alma. Outro exemplo: este sítio foi o primeiro lugar que vi, através da primeira imobiliária que fui. Quando o carro estacionou na entrada do sítio eu virei pra o dono e disse. Eu fico. Nem preciso ver a casa. Seja ela como for: eu fico. Não tive dúvida. Não me arrependi. Aqui produzi demais. Imortalizei-me em cinco obras já publicadas e uma sexta aguardando verba. Fora tudo que publiquei no blog. Isso valeu tudo. Mas, não foi só isso. O que eu mudei a mim mesmo aqui. Não foi brincadeira. Troquei váááááááááárias peles... Não é pra qualquer mané, não. Não é pra os covardes que nunca mudam e emboloram. Apodrecem no mesmo lugar, atrapalhando a evolução.
Minha sensibilidade está em um patamar inimaginável. Dificílimo de descrever. Só sei que sinto. Sinto tudo! Sinto como nunca senti. Portanto: não posso me orgulhar de meu passado. Não que tenha feito grandes porcarias. Mas, dei mole comigo mesmo. Deixei-me minimizar, achatar, pra caber!!! Atenção queridos leitores: jamais, em hipótese alguma permitam que lhes desabe esta tragédia.
Consciência dói.
Sensibilidade enlouquece.
É caminho sem volta.
Não posso fingir que não sei o que já está entranhado em mim...
Tirando o incômodo e os frequentes constrangimentos, só dá vontade de saber mais. De abrir mais a cabeça. De sentir HOLISTICAMENTE! Cheguei onde eu queria: começa a aparecer um vestígio de sentido. Bem diferente do que imaginei. Mas, é melhor que essa tosca ilusão, imposta brutalmente pela atualidade.
"Se meus joelhos não doessem mais"
http://www.youtube.com/watch?v=SsH3Cn5OglM
Nenhum comentário:
Postar um comentário