domingo, 18 de outubro de 2015

Privilégio

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Os meus dias nunca são iguais.
Sempre me deparo com novos portais.
Persigo as mais altas sensações,
Por todas as estações.
Sou um dependente, um viciado,
Do encantado.

A materialidade com sua crueza,
Com sua rudeza,
Não me espelha.
Não me atiça a centelha.
Procuro em seus cantinhos,
Os ensolarados caminhos.

A simplicidade
De ser afetividade,
De viver em Poesia,
Em total disritmia,
Aos ouvidos desavisados.
Recomendável apenas, aos arrebatados.

Aos que se deixaram levar,
Pelas suas respectivas faltas de ar...!
Para os que não tiveram medo,
E materializaram seus cósmicos enredos.
Inevitavelmente,
Para os que nadaram contra a corrente.
Para os que disseram não,
À humana devastação.

Para os que o sistema não castrou,
Nem subornou.
Para os que optaram pela sinceridade,
Pela afetividade.
Para os que, simplesmente,
Despojadamente,
Abriram os braços
E, se entregaram ao espaço.



"Seja sempre um sorriso de uma pequena criança em mim"



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Trabalho nº 2722

Um comentário:

Manuel Luis disse...

A minha presença rara aqui na sua pagina por falta de tempo: Hoje deixo aqui um abraço e alguma leitura dos últimos temas.