domingo, 24 de janeiro de 2010

Rebeldia



Eu posso precisar a origem do brilho do meu olhar,
Que acaba de retornar.
Vem de longe, além dos sentimentos.
Lá, onde nascem os argumentos...

O importante é que voltou a calma
Proporcionando a expansão da alma.
Estava recolhida,
Um pouco encolhida,
Assustada com os não acontecimentos
E com a tempestade de aborrecimentos.

Até lembranças enterradas,
Sentiram-se convidadas
A me perturbar,
A me transtornar...
Como se já não houvesse apreensão suficiente,
Dentro da minha tumultuada mente.

Felizmente, consegui recolhê-las a tempo
Antes que se compactassem ao momento.
Afinal, já foram mais que choradas,
Muito mais que reverenciadas.
Não têm direito a qualquer reivindicação
Junto ao coração!

Quando a beleza de tudo
Desanda a ascender o meu mundo,
É que percebo que voltei ao meu lugar,
Cosmicamente privilegiado,
Para um poeta arrebatado,
Junto à imensidão do mar!

Cada volta tem sabor de vitória.
São inúmeras, pontuando minha história.
Algumas peculiares,
Outras espetaculares!
Mas todas apetitosas,
Incontestavelmente honrosas.

Isso é resultado de tudo que me aconteceu,
Exatamente da forma como ocorreu.
Com todas as personagens,
Moldadas em suas respectivas paisagens.
É o produto do aprendizado,
De um peito alucinado.

De uma determinação enorme,
De atingir e conquistar o próprio norte.
De uma inegociável vontade
De contribuir positivamente com a evolução,
Através da interior rebelião,
Que acordará, definitivamente, a humanidade!

O brilho no meu olhar vem da luminosidade
Implícita na simplicidade,
De se adotar a alegria,
Como forma eficaz de rebeldia.
Água pura da fonte,
Encantamento perene no horizonte!

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