domingo, 21 de fevereiro de 2010

Abelhas Desgovernadas




Ao longo do meu caminho,
O que mais se vê é carinho!

Fiz questão absoluta de semear,
De, cuidadosamente cultivar.
É o pavimento da minha estrada,
Tão original, quanto alucinada,
Imprevisível...
Extremamente sensível,
Irrevogavelmente incrível!

Não sei caminhar sobre pressão,
Sob perniciosa tensão.
Estanco assustado,
Sinto-me acuado,
Derrubo a bilha.
Quebro a quilha!
Desconheço essa trilha...

As manifestações de agressividade,
Adotadas como modelo,
Do atual enredo,
Soam-me como temeridades!
Abomino todas as formas de aspereza.
Desprezo as manifestações de rudeza.
Não aceito a desculpa de autodefesa.

Já quem prima pelo carinho,
Nunca está sozinho.
De algum lado,
Ainda que inusitado,
Surge um amparo,
Um revigorante abraço,
Um regalo.

Nesse assunto consegui excelentes resultados,
Que sempre me mantiveram emocionado.
Nunca me faltou um braço,
Para acompanhar o passo.
Também fui cais,
Para muitos ais.
Auxiliei em recuperações sensacionais.

É da minha natureza compartilhar,
Ajudar a passar.
Não existe vitória sozinha.
Segurando a linha,
Há inevitavelmente, alguém atrás.
O prazer que isso traz,
Convida a mergulhar mais e mais.

Participar e deixar outros participarem,
Auxiliar e deixar outros auxiliarem,
Eis o tempero universal da vida,
Que merece ser bem vivida.
Tenho comigo que sós, somos nada...
Abelhas desnorteadas.
Aeronaves desgovernadas.

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