segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

Únicas Certezas



É bom assim: quando se despem todas as túnicas,
Quando se dissipam todas as dúvidas;
Quando não fica pedra sobre pedra!
Tudo, devidamente, registrado pela serra...

Fica mais fácil para partir.
Em outro lugar ir construir.
Libera os inaproveitados braços,
Para novos abraços.

Dá uma considerável tranquilidade,
Em virtude da ausência de múltiplas possibilidades...
Pelo menos, até aqui, foi o desenho que se configurou.
Nele minha alma ancorou.

É um pensamento diário,
Essa mudança de itinerário,
Em busca de novas oportunidades,
Para exercer a serenidade.

Claro que não é um processo indolor.
Mas, indispensável para se manter o ardor.
Estou me despindo de todas as mágoas
E estendendo outras tábuas...

Estou a um passo do centro de mim mesmo.
Não posso admitir sequer, pequenos erros.
Levantar a cabeça,
Caminhar com leveza,

São minhas únicas certezas!

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