sábado, 6 de fevereiro de 2010

Inesquecível



Alguns seres são assim mesmo: passageiros!

Entram na nossa vida,
Sem licença concedida.
Fazem uma baderna gostosa,
Com sua alegria valiosa.
Iluminam tudo!
Conquistam-nos no mais profundo.
Apontam nossos defeitos
Nossos piores trejeitos,
Mas, tudo delicadamente,
Pacientemente.

Cobrem-nos com seu carinho incomparável,
De forma irrefutável.
Afastam de nós todas as carências,
Todas as nossas indecências,
As temíveis inconsequências,
As famigeradas dependências!
Fazem barulhinhos engraçados...
Estão sempre animados,
Com seu bom humor inextinguível,
Com seu dengo inexprimível...

São criaturas privilegiadas,
Incontestavelmente encantadas.
Chegam para fazer acordar,
Para sensibilizar,
Sem que se perceba,
Ou se conceba.
Ícones de pureza,
De inconcebível leveza...
São bem espertos.
É recomendável tê-los por perto.

Eles nos entendem.
A energia que desprendem
Contagia o ambiente!
Querem nos ver contentes.
Pura magia!
Escancarada alquimia!
Impetuosos...
Calorosos!
Deliciosos...
Muito mais, muito mais que preciosos!

Esses pequenos companheiros

Como chegam, partem...
Sem comícios,
Sem avisos,
Com toda a luz que lhes cabem!
Sem estardalhaço,
Para nos pouparem dos embaraços
Das despedidas.
Preferem ser lembrados,
Pelas suas peripécias atrevidas,
Pelo enorme afeto cultivado.



Esse texto é uma homenagem ao gato Coquinho,
Que partiu hoje para alegrar o andar de cima, com seu jeitinho
De anjo,
Em forma de acalanto!

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