sexta-feira, 7 de maio de 2010

Feitiço da Manhã



De tanto assistir,
Ainda hei de descobrir,
O explícito recado desse oráculo,
Em forma de espetáculo,
Que é o alvorecer...
Talvez o momento mais suave para se Ser.

Fico abismado com a criatividade,
Com as infinitas possibilidades
De impressionar,
Ao se expressar!
Algo a ser decifrado,
A ser cuidadosamente, interpretado.

Entretanto, o mais importante,
O absolutamente relevante:
É para ser sentido.
É algo, publicamente íntimo...
Escandalosamente, lírico!
Algo que nunca foi visto...

Declarado feitiço!

Não há chance de se repetir.
Desconhece-se a fórmula do seu colorir:
Tão intangível,
Quanto imprevisível.
Os seus tons
Têm inéditos dons...

Encantados sons!

Encaro-o como um presente pessoal...
Um estímulo ao sensorial,
Um chamado à sensibilidade,
Uma intimação à habilidade...
Uma linda canção
Do celestial pavilhão!

A perfeição,
Em forma de oração!

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