terça-feira, 18 de maio de 2010

Hora de Acordar



Nem toda empatia pode ser explicada.
Quase nenhuma desavença deve ser considerada.
Nem toda faísca pode ser constatada.
Quase nenhuma implicância deve ser alimentada.

Desconhecemos alguns fundamentos das ligações,
A origem de algumas sensações,
A fonte de tantas suposições,
A teia das sobreposições...

Estamos à mercê de tantas influências.
Tantas batidas diferentes compõem nossa cadência.
Não registramos onde conectamos nossos fios luminosos.
Ocupa-nos a mente pensamentos menos gloriosos.

Seguimos focados em nosso ego,
Como espontâneos e estúpidos cegos,
Sem nos dar conta de que vem do exterior,
A maior parte do que defendemos como interior.

A influência da sociedade
É encontrada, inclusive, no exercício da afetividade.
Gostamos do que nos foi apontado para gostar.
Caminhamos por onde nos foi permitido caminhar.

Ás vezes, uma afeição salta essa barreira
Instala-se com a ingenuidade de uma brincadeira,
Mas, é deletada, assim que identificada,
Por não estar no inconsciente coletivo cadastrada.

Agimos, como se não fôssemos indivíduos,
Como se fôssemos desprovidos da capacidade de pensar,
De analisar, de ponderar...
Como se não fôssemos únicos!

Vestimos a roupa justa demais e desconfortável
Dos absurdos estabelecidos,
Arrogantes e incoerentemente autoconvencidos...
Normalmente, a personalidade defende o indefensável!

Ao supervalorizarmos e atendermos à opinião alheia,
Embaraçamo-nos numa perigosa teia,
Pegamos um atalho falso,
Que nos afasta cada vez mais, do alto.

Buscamos fora, as respostas, os espelhos,
Que, em verdade, estão dentro.
Ensinaram-nos a temer o próprio centro,
A evitar e abafar os próprios conceitos.

Empurraram-nos e, ainda nos empurram o aceitar,
Em detrimento do raciocinar...
Fomos e estamos sendo criminosamente manipulados,
Para permanecermos conformadamente,
Passivamente,
Estrategicamente,
Convenientemente,
Hipnotizados

No gado.

Mas, o Universo exige-nos Acordados!

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