terça-feira, 31 de agosto de 2010

Por Uns Míseros Cobres




Tenho tanta pena dos covardes,
Dos que fogem dos feitiços da tarde...
Dos que se escondem atrás da ambição
Para neutralizar o coração...
Dos que desperdiçam o viver
Por medo de sofrer...
Dos que canalizam sua sensibilidade
Para a materialidade,
Para a superficialidade
Que mantém a sociedade...

Coitados!
Seres pequenos!
Autoprivados de enlevo.
Desapaixonados!
Entregam-se ao dinheiro
Por inteiro.
Tentam se convencer
Que esse é o mais seguro proteger...
Aderem-se ao cinismo,
Por incompetência ao espiritual alpinismo.

São arrogantes.
Extremamente irritantes!

Não amam.
Descambam!
Nunca amaram.
Do melhor se privaram.
Não têm noção da pobreza do seu discurso.
Não percebem que sua embarcação,
Além de ser uma enganação,
Está completamente fora do curso.
Não sabem ser companheiros.
Desabam sozinhos em seus luxuosos banheiros.

Trancafiaram sua emoção,
Num escuro porão...
Só sabem criticar
E apedrejar
Recusam-se a ajudar.
Não perceberam ainda, que a vida é compartilhar.
Só pensam em explorar
Em acumular...
Mal sabem que tudo o que conseguirão
Será uma estrondosa decepção.

O vil metal é o preferido ópio.
Fingem não reparar no óbvio.
São descrentes...
Emocionalmente decadentes!
Condenaram-se à solidão,
Por nunca estenderem a mão.
Um triste fim,
Confeccionado por quem nunca disse sim.
Por quem se achou muito esperto.
Mas, não sobreviveu a um olhar mais de perto.;;

Tenho sim, muita pena desses pobres,
Que se condenaram por alguns míseros cobres!



Vídeo indicado:

http://www.youtube.com/watch?v=OFEtPXLSNV4&feature=fvsr

Um comentário:

Toninho disse...

Gente triste,gente pobre de alma,que se perdem na caminhada desenfreada da mais valia,do ter mais,valer quanto pesa nos bolsos o vil metal,que enlamei a alma.Pobre gente Claudio. Uma bela reflexão com sua arte de sensatez.Meu abraço sempre de luz e paz.