sábado, 23 de julho de 2011

Dádiva Inegável




A sensibilidade me atravessa.
Nada existe que a impeça.

Já não tenho qualquer controle sobre o fato,
Sobre esse magnífico dado.
Ela foi se desenvolvendo,
Foi se desdobrando,
Foi me envolvendo,
Vem me aprimorando!

Não me lembro, o que outrora me envolvia.
Qual a batuta que me regia...
Era estreita, a minha estrada,
Um tanto esburacada.
Capotei incontáveis vezes.
A vida era uma sucessão de meses...

Era tudo muito vago,
Bem ralo...
Um tanto incoerente!
Sentia-me extremamente carente,
À mercê dos infortúnios afetivos.
Nunca fui muito seletivo...

Naveguei em mar alto,
Em barcos furados...
Naufraguei.
Só não me afoguei,
Porque por trás de tudo
Sempre houve luz no meu mundo.

Tudo mudou,
Quando ancorei no amor incondicional.
Dali em diante, meu interior despertou.
Mudou-me de forma radical.
Alterou todas as referências,
Expandiu a consciência.

Nesse momento, a poesia começou a me cobrir
Com sua graça.


A me colorir,

Feito festa na praça!
Bandeirinhas enfeitadas,
Pérolas confeitadas!

Desde então,
Diariamente, transborda-me em inspiração.
Aponta-me os detalhes,
De todos os entalhes.
Obriga-me a ser melhor,
Para escrever sobre o que é maior.





4 comentários:

Vinicius Carvalho disse...

Sensibilidade possível de sentir a metros, trazida pelo vento, muito bom meu amigo gostoso de ler.

Deixo meu abraço e desejo a vc um ótimo fds!

Espero por vc no Alma!

MARILENE disse...

O amor e a sensibilidade explodem em versos. São a vida da poesia. Muito linda a sua!

Bjs.

julia rubiera disse...

gracias sensible y dulce poeta por compartir tus bellas letras, un besin de esta amiga admiradora

Anônimo disse...

É amigo, eu conheço o seu talento e tenho lido seus trabalhos. És de fato um poeta brilhante que emoldura a vida, as coisas que observa, com lirismo e olhos de esperança. Ler-te muitas vezes me acalma e trás até uma visão que até então passava desapercebida. Abraço fraterno, Helio Rocca.