terça-feira, 18 de setembro de 2012

Só Ela






Era eu um caso quase perdido...
De tanto sofrimento, desiludido.
Estava batendo nas portas
Da amargura.
Vivia em autotortura,
Por dentro!
Não encontrava mais meu centro.
Havia dado-lhe as costas.

Nunca revelei a totalidade do que sentia.
Não queria contaminar,
Muito menos, a ninguém, desanimar.
O fracasso era meu, parecia...
Um pouco antes de tudo desabar,
E, desabou,
A poesia aflorou.
Começou, discretamente, a clarear.

Foi, calmamente, tomando conta,
De minha cabeça, já meio tonta,
Com a nobreza
Da surpresa.
Com a intensidade
Da sensibilidade.
Foi se avolumando de tal forma,
Que me esticou, lindamente, a corda.

Fez o "mundo" olhar para mim.
O mesmo, que havia me indicado o fim...
Pelos mesmíssimos motivos!
Está havendo um reconhecimento de meu sentido
De meu, até então, estranho juízo...
De meu entendimento de paraíso!
O milagre é todo dela: da poesia,
Que tornou pública minha "Ardentia"!




Dedico este trabalho a 
Carlos O. F. Luhmann



Vídeo improvável:
Vejam o que a Bahia fez com Dionne Warwick
http://www.youtube.com/watch?v=m1_0vwMTjok




2 comentários:

Anônimo disse...

***** Parabéns meu amigo!*!*!*
É ASSIM QUE SE FALA!* Beijo no coração!***** >>> Narlei*

Toninho disse...

Bem acompanhamos os descaminhos e as pedras espalhadas.Mas como tudo passa,tambem passou e com um olhar para frente e ardente,eis o Sol a brilhar.
Que assim seja amigo.
Meu terno abraço.