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A
paixão concentrada em mim
Está
editando um novo fim,
Menos
sofrido,
Mais
bonito.
É
o combustível
Para
o voo no céu do sensível.
Faz
questão de sorrisos,
Para
continuar a poetar o paraíso,
Em
todos os seus líricos sulcos.
...E
são muitos!
Exige-me
em alegria
Para
relatar os detalhes íntimos,
Mesmo
os mais ínfimos,
Da
cósmica folia.
Algo
tão grandioso,
Quanto
saboroso!
Tão
acima de nossa viciada imaginação,
Acostumada
às viseiras da multidão.
A
paixão irrequieta em mim,
Cobra-me
um primoroso jardim.
Não
aceita queixas, queixumes.
Rejeita
todos os ardumes.
Não
quer mais saber de tristezas,
Por
me ter franquiado o acesso à sua represa.
Celeiro
encantado dos mais poderosos dons,
Dos
mais enlevados sons.
Já
me disse a que vinha,
Claramente,
em todas as linhas.
Não
pode atender a meus pedidos,
Mas,
se deu ao trabalho de me mostrar,
De,
singularmente, me apontar
Seus
universais motivos.
A
paixão que, em mim, explode:
Pacientemente,
me revolve,
Diligentemente,
ao centro, me devolve,
E
me comove,
Absorvendo
todo o veneno,
Que
poderia me contaminar o ensejo.
Aposta
em meus objetivos,
Mantendo-me
vivo, ativo,
Lúcido,
Lúdico!
Mais
puro do que nunca.
Em
mim, é a paixão que mantém a altura.
Música indicada:
deskmais.com.b
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