Por
vezes, resistimos a enxergar,
A
assimilar,
O
que a existência está a nos mostrar,
A
nos apontar
Como
única possibilidade
De
avançar na tranquilidade.
Relutamos
porque não queremos mudar.
Estamos
acostumados a nos apegar.
O
universo é testemunha de meu esforço
Para
gostar o tanto que gosto, sem me apegar,
Sem
me deixar dominar.
Ainda
não identifico este traço em meu rosto.
Em
meu entendimento gostar é tudo.
É
o que, de verdade, impulsiona o mundo.
É
a estrada que trilhei.
Por
onde me criei.
O
apego vem quase como anexo
Neste
espontâneo processo.
É
complicado barrar sua entrada,
Posto
as cancelas estarem todas escancaradas.
Mas,
não tem jeito.
Ele
é um grilhão em qualquer peito.
Acaba
atrapalhando o desenvolvimento do gostar
Que
precisa de espaço para decolar.
O
próprio exercício da afeição
Acaba
apontando caminhos
Para
a elaboração de ninhos,
Que
não passem pelo apego,
Com
ser desgovernado desassossego,
Como
nos recomenda a imensidão.
Minha
relação com a natureza
Um
verdadeiro amor, com toda a certeza,
Ensinou-me
a querer bem sem ter que tocar.
Sem
ter que, obrigatoriamente, afagar.
Estamos ligados a tal ponto que sua presença,
É
facilmente encontrável em todas as minhas sentenças.
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