Eita!
Como demorou, para a minha primavera
Começar
a aparecer,
Principiar
a florescer.
Em
compensação
Está
chegando muitíssimo bela,
Acompanhada
pelo verão.
Intensa,
Cheirosa...
Aquela
sua textura já conhecida,
Já
esperada,
Muito
embora nunca repetida.
Sempre
renovada.
Delicadeza
imensa,
Primorosa.
Ouso
dizer que esta sua união com o calor,
Haverá
de trazer algo bem especial,
Muito
acima do normal.
Estou
sentindo a inédita premência deste ardor.
Parece
que vem com disposição
Para
cumprir todas as promessas,
Que
se empoeiravam em meus porões.
Sensações
siderais, à beça!
Consistentes
e construtivas emoções.
Sempre
foram assim, meus dias.
Nunca
se acomodaram as placas tectônicas.
Minha alma atravessa a vida
Atônita.
Quase
sempre, positivamente.
Mas,
o essencial: conscientemente!
Sempre
sendo visitada pelas surpresas,
Que
mantêm abertas
E,
em forma de setas,
As
comportas da afetiva represa.
Afeição
é seu único alimento.
É
o eixo de seu alinhamento.
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