É matemático – é preciso
se livrar das mágoas,
Para que apareça espaço no
coração,
Para uma nova canção,
Cheia de positividade,
De saudável afetividade,
De paixão pela vida,
Que, então passa a se
mostrar bem mais bonita,
Mais florida,
Mais atrevida,
No bom sentido.
É preciso fazer um acordo
com o destino,
Para que se purifiquem as
internas águas.
Falo por experiência
própria.
Eu era um poço de mágoas
ambulante.
Não à toa, minha história
Tem picos revoltantes.
Mas, resolvi escalá-los,
Dominá-los, para, enfim,
derrubá-los.
Para tanto, persegui tudo
que encontrei de positivo,
Em meu isolado mundinho.
Fui buscar o menino,
Vi-me pequenininho...
E reescrevi a letra de meu
hino,
Para que tivesse um feliz
final,
Mais de acordo com o
sideral,
Propositalmente
reincidente em minha obra,
Através do lirismo,
Que, de mim, transborda.
Depurei o meu romantismo,
Para que deixasse de
passar pela casa do sofrimento,
O que nunca teve muito
cabimento,
Reconheço, humildemente.
Minha dor era
exageradamente doente!
Não combinava com o alto
astral de meu lirismo.
Peguei meu lado romântico
E o elevei ao estado
quântico:
Acima do bem e do mal:
Apenas, a serviço do
sensacional,
Do visceral,
Do essencial,
Do interdimensional,
Do espacial!
Agora está desimpedido o
canal da alegria,
E está muito mais colorida
a minha melodia.
Mais alegre, mais
assanhada,
E, irrevogavelmente,
alada.
"Valsa rancha me faz esquecer"
Trabalho nº 3.316
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