terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Para Sempre



Eu bem que tentei.
Desprendi um esforço sobre-humano.
Muito me humilhei!
Acreditando que estava exercendo a humildade...
Ledo e medonho engano.
Tudo para me engajar,
Para voltar para o continente, para a sociedade.
Até que começou a me faltar o ar...

Meu coração ameaça parar!

Obviamente de nada adiantou.
Minh’alma mais ainda se molestou.
Interpretei papéis que não me sabiam.
Arranjei trabalhos que não me cabiam...
Não consegui dinheiro!
Arranhei-me por inteiro,
A ponto de gritar e adoecer,
A quase enlouquecer!

De tanto chorar!

Contei com a ajuda de pouquíssimos amigos.
Alguns que poderiam me ajudar, negaram-se!
Outros sem perceber o drama, condenaram-me,
Como se eu tivesse perdido os sentidos.
Mas por baixo de tudo,
Segurando meu mundo,
Estava ela,
Observando-me pela janela...

A me esperar!

Hoje, começando a voltar para casa,
Com ferimentos sérios em ambas as asas,
Ela me acolhe em seu seio.
Massageia minhas costas e peito,
Com seu inconfundível jeito.
Deita-me em seu leito,
Dizendo-me baixinho,
Que é meu verdadeiro ninho!

Que nunca irá me abandonar!

Afirma categoricamente
Que, só juntos, somos possíveis.
Que, unidos somos invencíveis,
Já que nos amamos incondicionalmente.
Pertencemo-nos um ao outro.
Temos um só rosto.
A Poesia e eu temos um casamento perfeito.
Aquele a que todo ser humano tem direito.

Em versos minha vida é voar!

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