terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Regresso


Voltando ao meu mundo,
Percebo como ele é abençoadamente profundo.
Sua base é segura,
Pois a matéria prima vem da altura.
Às vezes, fico um pouco tonto,
Mas não entrego os pontos...

Por mais que me desespere,
Que a decepção impere,
Acabo voltando ao equilíbrio,
Recuperando o brio.
Só sei viver em alegria,
São solares minhas fibras.

Não posso me sentar no sofrimento.
Deixo-me levar pelo movimento.
Lamento, reclamo, blasfemo, choro sem parar
Para me esgotar
E, rapidamente voltar
Ao caminhar.

Não me aceito parado,
Semi-destroçado.
Naveguei muito tempo em águas magoadas
Atualmente vou com a enxurrada
Em sua determinação marítima,
Sem dar ouvidos às críticas.

Tenho a meu favor,
O precioso conhecimento do meu calor.
Sei exatamente porque ardo,
Não carrego mais os tenebrosos fardos.
Libertei-me inteiramente do passado
Para nunca mais ser manipulado.

Minha bagagem atual é leve.
Entendo que a vida é breve
E se quer bem vivida,
Merecidamente enaltecida!
Não há tempo para melodramas
Melhor mesmo é entender a trama.

Respeito sua soberana vontade,
Sua irrequieta criatividade...
Não discuto.
Assumo
E sigo escrevendo
O que vou entendendo.

Aprendi que ela sempre tem razão,
Ainda que se apresente em forma de desilusão.
Sigo com ela,
Apreciando a paisagem da janela...
Tenho em mim, a sensibilidade
E o benefício da sua claridade.

É tranquila minha consciência,
Segura a aderência.
Reconheço o enorme poder
Existente na vontade de crescer,
De evoluir,
Para adequadamente contribuir.

Não posso parar
A não ser para, momentaneamente, descansar.
Confio no universal destino,
Escrito nos estelares hinos.
Não há como me capturar.
A poesia me faz decolar

E voar,

Voar...

Amar!

Voar e amar...

Amar para voar...

...Voar até amar!

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