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Tenho
a impressão
Que
se você cede à dor,
Instala-se,
imediatamente,
Automaticamente,
O
circo de horror.
...Bola
de neve,
Aumentando
a pressão.
Só
que a vida é, por demais, breve,
Para
que a atravessemos em lamentações,
Por
nossas frustrações,
Nossos
apagões,
Nossas
íntimas devastações.
Muito
é complicado de se aceitar,
De
se engolir...
Pior
ainda, de se digerir,
Para continuar a caminhar.
Simplesmente,
não entendemos,
Não
temos como compreender
O
que nos vem em cada amanhecer.
Com
o pouco que percebemos
Deste
imprevisível roteiro,
Não
há como sossegar o peito.
Faltam-nos
respostas para as conexões...
...
Como assimilar as súbitas intervenções,
Por
vezes trágicas,
De
tão ávidas,
Do
destino?!...
Qual
o tempo do celestial sino?
Sei
que não sou eu, que determino o compasso
De
meus passos.
Sou
impulsionado.
Ou
atendo, ou sou atropelado.
É
um dado bastante claro em minha mente.
Bem
como, quando desacelero, inexplicavelmente,
Sinto
que algo alheio à minha consciência,
Literalmente,
obrigou-me a diminuir fluência.
Já
tentei desacatar
E
só fiz me danar!
Enquanto
me for possível navegar nas águas da lucidez,
Creio
estar apto a transpor toda esta aridez.
Enquanto
meus olhos tiverem o benefício da floresta
Com
sua onírica festa,
Enquanto
puder ver o mar
E
me aconchegar em seu marulhar
Seguirei
tentando traduzir em poesia
O
que conseguir identificar dentro desta sinfonia.
Intensamente
imensa!
...Densa!
Ao
espetáculo, propensa.
Imensamente
intensa!
Música indispensável:
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Um comentário:
Olá poeta, imensamente intensa era como a vida devia de ser vivida, mas por vezes não se consegue. Acho que navegamos demais nas águas da lucidez...adorei. Beijos com carinho
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