terça-feira, 4 de dezembro de 2012

Puríssima







Ah! Como queria não ter que desacatar,
Não ter que tentar escapar,
Do que me parece inevitável.
Um conflito infindável...

Insolúvel, portanto, não exatamente, justo!
Incicatrizável corte profundo!
Um déficit em minha balança holística,
Que me desencadeia emoções sísmicas.
Surfando heroicamente por elas,
Encontro as cores originais,
Incontestavelmente autorais,
De minha ensandecida aquarela.
Toda lírica e musical,
Com sua positividade sobrenatural.

Já não mais precisaria surfar em ondas tão altas.
Conhece perfeitamente o caminho, a alma.
Concedeu-me o universo,
A graça de ter a estrada inteira escrita em versos.
Uma trilha apaixonada!
De um jeito e de outro: ensolarada!
Um mergulho no abismo
Do romantismo!
...Levado a sério,
Em qualificado critério!
Um exemplo de liberdade!
Liberdade, inclusive, de mudar,
Para mais alto voar.
O voo tornou-se imprescindível.
O acesso ao sensível!
A vitória da sensibilidade!
Absoluta!
Impoluta!
Nem sempre sereníssima,
Mas, puríssima!





Música indicada:





Um comentário:

Ana Bailune disse...

"Nem sempre sereníssima..." Quando a vida não nos apresenta serena, é porque precisamos buscar em nós a serenidade que ela necessita. Lindo poema!