sábado, 6 de novembro de 2010

Abaixo o Pedestal



Uma das melhores coisas da maturidade
É a sedimentação da humildade.
Quando se é jovem e se acredita maduro,
Meio que dono do mundo,
Incorre-se em um vergonhoso engano,
Que só causa desengano.
Deixa-se uma antipática impressão,
Que clama por confusão...

Julga-se demais.
Critica-se demais.
Fica-se cego pela arrogância
E sua insuportável impedância...
Confunde-se tudo,
Perde-se o bom do mundo.
Olha-se para a vida de cima.
Falha-se, vergonhosamente, na rima.

Já, na verdadeira maturidade,
Que, infelizmente, só vem mesmo com a idade,
Desce-se do pedestal.
Deixa-se de se achar o tal,
O sabichão
O gostosão,
Que, sobre tudo tem opinião formada.
Que julga, impiedosamente, mas sempre da arquibancada,

Nunca no campo,
No centro do furacão,
Onde, no entanto,
Quase nunca se encontra a razão,
Apenas traços,
Rastros,
A serem identificados
E decodificados.

A vivência traz, ou era para trazer, bom senso.
Aquele que não se aprende na teoria,
Só na folia,
Que é navegar em todos os sentimentos,
Que o coração puder aguentar,
Para se aprimorar
E melhor conviver
Com todos que apreciam o perceber...

Que está muito além de qualquer verborragia,
Absolutamente fútil e vazia.



Vídeo indicado:

http://www.youtube.com/watch?v=E2rTA2QSTGE&p=2E74E7FBC9B014BA&playnext=1&index=5

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