Meu corpo está respondendo à essa roleta russa emocional.
Período conturbado, que me pegou há meses adoentado,
Sem poder caminhar, com uma dor horrível.
A pior, a mais extensa, a mais ampla crise de minha vida.
Só não entrou em crise a criatividade.
Vem dela a minha resiliência,
Que, por vezes, penso ter chegado ao fim.
Não! Não estou com pena de mim.
Estou com orgulho
De ainda estar sustentando liricamente o meu mundo,
Sem descontar em alguém,
E sem perder o contato com o além...
Não é pra qualquer um, não!
Valente coração!
Impossível passar por tudo isso, sem ter a saúde abalada.
Creio não ter muita coisa em ordem, em meu corpo.
Isso não transparece muito no rosto,
Porque estou atravessando tudo conscientemente,
Pacientemente,
Na medida do possível,
Sob a guarida alada do sensível.
"Saúde"
Trabalho nº 3.532
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