Ah! Dando uma olhada em meu passado,
Com a consciência que hoje tenho,
Não posso deixar de me lamentar
De minhas mancadas.
Principalmente, em meus relacionamentos.
Era absurdamente inseguro,
E isso sempre me foi um muro.
Era quase como se eu não merecesse o sentimento.
Então, eu empregava doses exageradas:
De carinho,
De mimos,
De atenção,
De marcação,
De disponibilidade,
De afetividade...
Parecia, claramente, que se eu perdesse o objeto de minha paixão,
Morreria,
Desencarnaria.
Era essa a pegada!
Sofri, honestamente,
Desnecessariamente.
Para o romance, minha vida sempre foi voltada.
O modelo que eu usava, só me causou deserção.
Atualmente, vivo a máxima: viva e deixe viver.
Se quiser me ver
Estarei aqui, mas não fico mais pegando no pé,
Cobrando explicações,
Entupindo de ligações.
Essa metamorfose aconteceu aqui em Itacaré.
Ou seja, depois dos cinquenta anos.
Está certo que: antes tarde do que nunca.
Mas, poderia ter evitado um bocado de desengano,
Se tivesse, anteriormente, me tocado.
"O seu amor"
Trabalho nº 3.534
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