domingo, 12 de agosto de 2012

Reflexões de Mangueira



                            



Nessa tarde quente,
Balançando na rede,
Com um ventinho leve,
Sem algo na mente, que pese...
Acolhido pela sombra de uma mangueira,
Sinto, literalmente, a vida, como companheira!

Vontade de entendê-la,
Dissecá-la...
Capturar as suas frases,
As suas bases,
Suas fases,
Suas metades...
Seus arroubos e alardes!
Afagar-lhe a face...

Como é trabalhoso, iniciar o processo,
De garimpar acesso,
Às reentrâncias
De suas instâncias!
Necessário se faz provar-lhe a qualidade
Da intenção!
A veracidade
Da disponibilidade...
A sinceridade
Da emoção.

A partir do momento,
Que ela acata o argumento,
Esbanja positividade,
Uma prazerosa eletricidade...
Abre os braços
E enxuga todos os cansaços,
Os embaraços,
Os ilusórios laços!
Ilumina o caminho,
Deixando claro, que ninguém está sozinho...
...Nem que se queira!
...Nem se mantendo à beira...
                                                                                                 
A vida quer se ver reconhecida,
Antes de auxiliar na subida.
Precisa ser devidamente reverenciada,
Para se mostrar alada.
Exatamente por ser tão bonita,
Quer ser alvo de conquista...
Quer ser acariciada pelo respeito,
Para se fazer de leito...
Quer poder se escancarar em felicidade,
Desde que perceba fidelidade!
Tem tonalidades guardadas,
Para almas enlevadas,
Dispostas a perpetrar
As propriedades do gostar...




Música linda

  

Um comentário:

rosa-branca disse...

Olá poeta, belo poema, musica maravilhosa e à sombra dessa árvore espectacular. Quantos anos terá uma árvore dessas? Meu avô dizia, que a idade das árvores está no tronco e nas marcas que ele tiver. Beijos com carinho