sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Os Nós do Enredo




O normal, não é as pessoas reclamarem de mim,
Porque me dei de menos...
Mas sim, eu ter que guardar mais da metade dos carinhos,
Dos mimos,
Que transbordariam naturalmente, assim,
Não fossem os atropelos...
Os insanos erros,
Os medonhos nós dos enredos!

O meu maior trauma é que sempre me deparo,
Com a inabilidade geral em lidar com a afeição,
Com a maioria das matérias do coração...
Principalmente, quando é verdadeira,
Intensa como uma cordilheira...
Desinteressada,
Desembalada,
O que é extremamente raro!

Já com a falsidade,
Todos encontram grande intimidade...
Também pudera, com tanta divulgação,
- Leia-se enganação –
Com tanta propaganda,
Todos querem tocar na sua banda!
E ainda se justificam dizendo que é normal,
Regra global!

Já deixei muita gente constrangida,
Pela minha forma desinibida,
De demonstrar afeto.
Ato que, para mim, não tem teto,
Não há limite para esse horizonte,
Já que ele é a primeira fonte!
A geradora de tudo
Que há no mundo!

Quase sempre depois que me “excedo”,
Uma mudança de conduta, percebo...
A pessoa passa a me evitar,
A se desculpar
E some por um tempo,
Como se dele precisasse para reagir ao “veneno”!
Afinal está mesmo acostumada
A ser maltratada...

A ser enganada,
A ser usada,
Pisada
E abandonada...
Quando aparece alguém,
Com uma proposta de ir, literalmente, ao além,
Sai correndo assustada,
Como se tivesse levado uma chibatada!

Outra situação bastante desagradável,
Realmente lamentável,
É o surgimento de um comportamento,
Que estava escondido em secreto compartimento,
Absurdamente egoísta,
Mascarado de altruísta!
Nesse caso, sou eu que recolho os afagos,
Para não os entregar aos avaros.

Em qualquer das situações,
O que surge é a tristeza,
A frustração
De um coração,
Que só bate direito com a pureza,
Com as mais elevadas sensações...
E acredita, piamente, que deveriam poder ser compartilhadas,
Ao invés de policiadas,

Ou trancafiadas!








Três Vivas pra Djavan:
http://www.youtube.com/watch?v=_0qZpgSUFC4&feature=feedu

4 comentários:

Anônimo disse...

*****...Eu sou eternamente grata a você, por compartilhar seu afeto, através de suas brilhantes poesias!*!*!* Lindo texto!* Beijo!*~~ Narlei~~

Anônimo disse...

Claudio você é um ser humano lindo! Escreve com o coração em punho, esta poesia é bárbara! Semelhante ao romântismo da canção "Epitáfio" quanto ao não conseguir se entregar. É uma belíssima poesia e as imagens são lindas DEMAIS! Parabéns, beijo da nuvembranca.

Maria Emilia Moreira disse...

Boa noite Poeta.
É bem verdade que muitas vezes temos receio de demonstrar afectos. Parece que é mais fácil e corrente mostrar desamor.Será uma forma de defesa para evitar mais sofrimento? Belo poema para meditar...

Anônimo disse...

..Texto verdadeiro e profundo e coberto de razões...Concordo com tudo que escreveste...Infelismente há grande parte da população que possuem atitudes como estas que você descreveu, mas por outro lado existem jóias raras assim feito você...MARAVILHOSO poema, imagens fantásticas e som sem comentários. meu carinho e meu beijo.