Mesmo você vivendo quietinho em seu canto,
Como é difícil escapar do espanto
Dos danos causados pelo egoísmo da humanidade.
Uma verdadeira barbaridade.
Ninguém pensa no outro.
Saem dando emocionais socos,
Sem qualquer pretexto,
Que se ajeite,
Que se aceite,
Dentro do cósmico contexto.
Ninguém vê a dor do outro,
Definhando, visivelmente, aos poucos.
Não há comoção.
Tão pouca emoção,
Que qualquer fútil distração,
Varre rapidinho,
Pra algum esquecido cantinho,
Qualquer intenção
De preocupação.
Tomo o maior cuidado comigo,
Pois sei que vivo no fio do juízo.
Ainda assim,
A ignorância alheia chega até mim,
Atrapalhando-me o andamento.
Maculando-me os batimentos,
Com sensações tão desagradáveis,
Quanto instáveis.
Se Vinícius estivesse vivo,
- Triste destino -
Não se enquadraria em sentido algum,
De modo nenhum,
Nessa pobreza que aí está, toda torta,
Natimorta!
Também seria outro, seu olhar sobre a humanidade.
Atualmente, tão longe de sua espiritualidade.
"Pelas ruas o que se vê"
https://www.youtube.com/watch?v=GqKkoQlNtUs
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